Estudos avançam em diagnóstico de infertilidade masculina
Com os resultados, pesquisadores buscam reduzir o tempo de investigação e de indicação de reprodução assistida, que hoje é de cerca de um ano ou mais
Estudos apontam que cerca de 20% dos homens apresentam problemas de fertilidade. Segundo o Dr. Marcelo Lorenzi, do Centro Integrado de Urologia, alguns deles precisarão recorrer a técnicas de fertilização in vitro para ter filhos, pois os problemas de fertilidade permanecerão com a causa desconhecida mesmo após a realização de todos os exames disponíveis.
Atualmente, o método principal para diagnosticar a infertilidade masculina é avaliar a quantidade e a motilidade dos espermatozoides. No entanto, entre a demora para a gravidez acontecer naturalmente até a indicação de um tratamento de reprodução assistida, o casal geralmente leva pelo menos um ano.
Este prazo pode ser reduzido, especialmente nos casos de infertilidade masculina. É o que propõe um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Nature: Scientific Reports.
Segundo o Dr. Michael Skinner, um dos pesquisadores, a infertilidade masculina está aumentando em todo o mundo e tem importância fundamental na saúde e nas doenças reprodutivas. Por este motivo, a possibilidade de ter um diagnóstico imediato de infertilidade e a informação das opções de tratamento que funcionarão para ele seria imensamente útil.
O objetivo do estudo foi identificar a possibilidade de encontrar métodos confiáveis de rastrear geneticamente homens em busca de infertilidade, descobrindo quais opções de tratamento funcionariam melhor para cada paciente.
Os pesquisadores utilizaram técnicas avançadas de análise molecular para verificar a possibilidade de identificação de alterações ou biomarcadores no DNA do esperma de homens férteis e inférteis.
O resultado foi a descoberta de que todos os homens inférteis no estudo possuíam um biomarcador específico que os homens férteis não possuíam. Os cientistas também identificaram outro biomarcador entre os pacientes inférteis que responderiam ao tratamento com terapia hormonal.
O estudo completo está disponível em https://www.nature.com/articles/s41598-019-52903-1
