Estudo avalia a relação entre alimentação e testosterona
Publicado na edição de fevereiro de 2020 do The Journal of Urology, o artigo “The Association between Popular Diets and Serum Testosterone among Men in the United States” traz um estudo sobre a relação do nível sérico de testosterona e dieta alimentar.
Pesquisadores do Departamento de Urologia da Universidade de Medicina de Chicago, nos Estados Unidos, avaliaram informações contidas na Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (National Health and Nutrition Examination Survey - NHANES) nos anos de 1999 a 2000, 2003 a 2004 e 2011 a 2012, de homens com idades entre 18 e 80 anos.
Os padrões alimentares dos participantes selecionados foram divididos entre baixo teor de gordura, dieta mediterrânea, baixo teor de carboidrato e não-restritiva.
Dos 3.128 homens que preencheram os critérios de inclusão, 457 (14,6%) e 764 (24,4%) preencheram os critérios para uma dieta pobre em gordura e mediterrânea, respectivamente, e apenas dois participantes (menos de 0,1%) preencheram os critérios para uma dieta pobre em carboidratos.
Ao final do estudo, os homens com as dietas com reduzido teor de gordura apresentaram níveis séricos mais baixos de testosterona. No entanto, as diferenças na testosterona sérica encontradas no estudo foram modestas.
Segundo o Dr. Marcelo Lorenzi, médico urologista do Centro Integrado de Urologia (CIU), o estudo evidencia o que já podia se observar na prática clínica.
“Sem gordura, há redução da matéria prima para a produção de hormônios esteroides”, explica.
Por este motivo, os pesquisadores avaliam que as dietas restritivas de gordura devem ser ponderadas com relação aos benefícios potenciais individualmente, especialmente quando se visam benefícios relacionados às taxas de testosterona.
O estudo completo está disponível em https://www.auajournals.org/doi/10.1097/JU.0000000000000482.